A dívida acumulada com os permissionários do sistema de transporte coletivo desde a gestão do ex-prefeito Sebastião Almeida (PDT) não deve ser quitada pela atual administração. A Prefeitura de Guarulhos alega que não possui orçamento suficiente para pagar o montante de R$ 20 milhões para os operadores.
Outro fator destacado pelo governo municipal está atrelado à dificuldade financeira que atravessa o município, que possui dívida de R$ 7,5 bilhões. Além destes aspectos, a Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) ressalta que o valor total da dívida com os operadores é superior ao subsídio pago mensalmente. Porém, a pasta não revelou qual seria o valor desse subsídio.
E as justificativas da prefeitura para não realizar os pagamentos não param por aí. A administração entende inexistir qualquer possibilidade de pagar a dívida por esta ser do ano anterior. O HOJE apurou que a dívida neste ano é de R$ 5 milhões, e que somente o subsídio referente ao mês de janeiro deste ano foi pago corretamente.
No entanto, a STT garante que está empenhada para pagar os valores de forma regular neste ano. De acordo com a municipalidade, esta ação faz parte das medidas de contenção do crescimento da dívida interna da cidade, que passou de R$ 7,4 bilhões, revelado no dia 11 do mês passado, para R$ 7,5 bilhões.
“Esse ano temos uma dívida de quase R$ 5 milhões. Nós não temos mais condições de bancar a operação. O prefeito está exigindo junto com seu secretariado a troca da frota e nas nossas condições financeiras não temos condições por que o nosso dinheiro está preso na prefeitura”, declarou Luciano Chaves, operador do sistema alternativo de transporte.
Reportagem: Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto