A macabra história do médico que esquartejou a paciente

Reprodução/GloboNews
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Era noite de 24 de janeiro de 2003, quando Maria do Carmo Alves, de 46 anos, foi ao consultório do médico Farah Jorge Farah, em Santana, zona norte de São Paulo. Ali, ela foi assassinada e esquartejada pelo médico, com quem também teria tido um caso extraconjugal, sendo alegações dele.

O corpo da dona de casa foi encontrado pela polícia dois dias depois, dividido em nove pedaços, guardados em cinco sacos de lixo depositados no porta-malas do carro de Farah, que declarou não se lembrar do que havia acontecido naquela noite.

Em uma tragédia anunciada. A relação conturbada de Maria e Farah havia começado anos antes, por causa de uma cicatriz que Farah teria deixado em Maria após uma cirurgia para retirada de um cisto. Como era muito vaidosa, a questão se tornou traumática para a mulher e a reparação, uma obsessão.

Era como se Farah fosse uma labareda e Maria, o vento, ajudando a acender o que já existia ali, o lado psicótico do doutor. A quebra do sigilo telefônico dela mostrou 5.800 ligações feitas para o consultório do médico, familiares e para o próprio telefone dele por mês. Isso tudo em um período de 8 meses, o que dá cerca de 190 ligações por dia, conforme afirmou Patricia Hargreaves, autora de um livro sobre o tema.

Julgado pelo assassinato de Maria do Carmo, o médico ficou presi até 2007, mas conseguiu recorrer em liberdade a condenação de 16 anos de prisão. Até que saiu uma nova decisão da Justiça, em 2017, e Farah cometeu suicídio antes de ser preso novamente.

O médico foi encontrado morto em sua casa, deitado na cama, usando roupas femininas e com prótese nos seios, como os de uma mulher. Pouco tempo antes, ele havia feito um implante de silicone e começou a usar sutiã.

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