O secretário de Saúde, Sérgio Iglesias, afirmou nesta sexta-feira (02), em audiência pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que as ações do Instituto Gerir, que está prestes há completar 30 dias na gestão do Hospital Municipal de Urgências (HMU), Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA) e a Policlínica Paraventi, estão sendo rígidas. Ele também ressalta que melhorou o relacionamento com a Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e Fundação ABC.
“No caso do (Instituto) Gerir, a pactuação é muito rígida e o acompanhamento também. É uma empresa que posso rescindir o contrato amanhã. A situação com a SPDM e a Fundação ABC melhorou muito. Estamos cumprindo o papel de bom pagador e eles por entregarem o que foi prometido”, declarou o secretário de Saúde, Sérgio Iglesias.
Apesar das críticas quanto à escolha pela privatização de algumas unidades de saúde, Iglesias entende que o governo do prefeito Guti (PSB) não tinha outra alternativa. O mesmo ressalta que problemas burocráticos, sem citar quais, impedem da nova gestão colocar em prática seu projeto de melhorias para a área.
“Nesse novo modelo de gestão vamos ter um rigor e uma fiscalização muito séria. O contrato com a Fundação ABC acaba em abril de 2018, e que a privatização, no momento, tem uma agilidade que a secretaria da Saúde e outros municípios não têm”, explicou.
Ele também descartou haver qualquer tipo de coação com os funcionários públicos para deixarem a Administração Pública e se transferir para o Instituto Gerir. Sérgio Iglesias atribuiu esta situação a uma possível insegurança com a mudança de gestão nas unidades.
“O momento é de tolerância, vamos acompanhar e não existe nenhuma forma de coação dos médicos. Todos tem opção. É que neste momento de mudança e com a pressão política tão intensa, gera um desconforto que é natural. Estamos buscando resguardar ao máximo o direito de todos”, concluiu.
Reportagem: Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto