Vai tentar entrar na USP em 2018? Entenda o novo sistema de cotas

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O Conselho Universitário da USP (Universidade de São Paulo) aprovou a instituição de um programa de cotas sociais e raciais. Veja como funcionará a seleção dos alunos na maior universidade do país já a partir do vestibular de 2018 –cujas inscrições começam no dia 21 de agosto, e vão até 11 de setembro.

Como as cotas racial e social serão calculadas?
Elas serão calculadas a partir do total de vagas oferecidas na USP, que no ano de 2018 será de 11.147. Ou seja, entram nessa conta tanto as vagas da Fuvest (vestibular tradicional) como as do Sisu (Sistema de Seleção Unificado), que usa a nota do Enem.

Como elas serão aplicadas?
A forma de implementação das cotas vai variar de ano para ano. Em 2018, a meta deve ser alcançada em cada unidade de ensino. Em 2019, em cada curso. E, a partir de 2020, em cada curso e turno. Por exemplo: neste ano, a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), que oferece cinco cursos, definirá como vai distribuir o benefício entre os seus cursos. Já em 2019, o curso de filosofia precisará ter 40% de alunos de escolas públicas.

Quem pode concorrer às cotas da USP no vestibular 2018?
Estudantes que tenham feito o ensino médio integralmente em escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas, desde que também tenham cursado a etapa na rede pública. Serão reservadas 37% das vagas para esses grupos em 2018 (14% são raciais e os 23% restantes, apenas sociais).

Sou negro e fiz o ensino médio em escola privada sem bolsa. Posso disputar uma vaga pelo novo programa de cotas da USP?
Não. Os estudantes autodeclarados negros, bem como os pardos e os indígenas, só vão poder concorrer a uma vaga via cotas se tiverem cursado o ensino médio integralmente em escola pública.

Como a USP vai verificar se o estudante é mesmo negro, pardo ou indígena?
O aluno fará uma autodeclaração de que é preto, pardo ou indígena. Segundo a USP, esse processo ocorre desde 2010, com a implementação do programa de inclusão social, que deu bônus às notas de alunos de escolas públicas no vestibular. Até o momento, segundo a universidade, não houve registros de fraude.

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