O GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, registou 98 casos de balões na rota de aeronaves neste ano. Em relação ao observado no país, dois em cada dez balões notificados em 2017 estavam próximos ao terminal de Cumbica.
Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), entre janeiro e agosto, já são 498 registros de balões em rotas de aeronaves, ou duas notificações por dia. Em relação ao mesmo período de 2016, a alta é de 31%.
É o maior número de registros para o período janeiro-agosto desde que o Cenipa começou a contabilizar esses episódios, em 2012. Ao final de agosto, o número de reportes de balões próximos a aeroportos já se aproximava do total em todo o ano passado, que foi de 511.
A situação é tão grave que em 23 de agosto um Airbus A380, maior avião de passageiros do mundo, chegava de Dubai e estava em aproximação final para pouso em Guarulhos quando o piloto reportou um balão a apenas 150 m abaixo da aeronave.
Em outro caso, no início do ano, um controlador de voo de Cumbica expôs a situação ao Cenipa. “A partir de um dado momento, verificamos que as aeronaves não tinham condições de serem vetoradas. Quando o controle solicitava algum vetor ou descida, as mesmas informavam não terem condições de fazê-lo, pois a quantidade de balões era enorme”.
Aeroportos Incidências
Guarulhos (SP) 98
Santos Dumont (RJ) 56
Congonhas (SP) 52
Viracopos (SP) 50
Galeão (RJ) 33