Com o objetivo de estabelecer parceiras e colher ideias para o desenvolvimento do projeto de implantação do Parque Tecnológico, a prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Científico, Econômico, Tecnológico e de Inovação (SDCETI), já estabeleceu as diretrizes e modelo administrativo para o empreendimento, que ainda não tem data definida para ser inaugurado.
Atividades econômicas voltadas para o segmento farmacêutico, farmoquímico, logístico, com ênfase em transporte aeroviário terão prioridade. Entretanto, a SDCETI acredita que a junção entre o governo, entidades de ensino tecnológico e a iniciativa privada é o modelo ideal para que o parque possa funcionar de maneira sustentável e sem recursos majoritários da administração pública.
“Estamos avaliando as possibilidades de buscar os estudos necessários no mercado através de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que possa estabelecer um modelo financeiramente sustentável de ambiente de inovação e integrado a cidade, através de suas vocações”, explicou Rodrigo Barros, secretário da SDCETI.
Em fevereiro de 2014, o Governo de São Paulo transferiu ao município de Guarulhos duas áreas que somam 267 mil m²: uma delas, de 125 mil m², está localizada no Jardim Santa Helena e a outra, de 142 mil m², fica próxima à rodovia Ayrton Senna e pertencia à Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), companhia vinculada à Secretaria de Logística e Transportes. No local será instalado o Parque Tecnológico de Guarulhos.
“Não há um croqui para o projeto, mas já foram elaboradas concepções preliminares que embasaram a primeira tentativa de credenciamento do Parque. Entendemos que esta concepção preliminar, pensada diante da realidade existente á época, e deverá ser readequada no curso dos trabalhos e da interlocução com o mercado”, explicou Barros.
Contudo, o secretário revelou que o processo burocrático e a escassez de recursos são os principais entraves para a implantação. No entanto, para que a proposta possa sair do papel é necessário a criação de um projeto para que este seja apresentado ao governo do estado dentro das especificações exigidas.
“Ainda é preciso atender aos requisitos do decreto estadual n.º 60.286 de março de 2014, que institui e regulamenta o Spai. Este decreto estabelece uma dinâmica progressiva de ambientes de inovação do município e para credenciar um Parque Tecnológico é necessário ter uma incubadora de empresas de base tecnológica”, concluiu.
Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto