Os trabalhadores dos Correios de São Paulo e do Rio de Janeiro votaram nesta quinta-feira (5) pela aceitação do acordo coletivo proposto nesta quarta-feira (4) pelo Tribunal Superior do Trabalho. Os funcionários estavam em greve desde o dia 19 de setembro.
Segundo os Correios, mais de mil empregados retornaram ao trabalho hoje, a maioria carteiros. Cerca de 14 mil dos 108 mil trabalhadores estavam paralisados na manhã desta quinta-feira, de acordo levantamento da empresa. Segundo os sindicatos, os empregados devem retornar totalmente ao trabalho no sábado (7).
Os Correios entraram no dia 28 com uma ação pedindo dissídio coletivo junto ao TST para tentar pôr fim à greve. A decisão ocorreu depois que parte dos sindicatos ligados à Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) aderiu à paralisação.
A categoria pedia 10% de aumento nos benefícios, reajuste de R$ 300 no salário e manutenção do acordo coletivo, incluindo o plano de saúde. Os Correios ofereceram 3% de aumento em salários e benefícios e parte do acordo.
Na tarde de quarta-feira (4), o vice-presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, apresentou uma proposta de acordo coletivo que contempla reajuste de 2,07% retroativo ao mês de agosto de 2017, compensação de 64 horas (8 dias) e desconto dos demais dias de ausência, além da manutenção das cláusulas já existentes no acordo. A cláusula que trata do plano de saúde continua sendo mediada.
Hoje à tarde, vários sindicatos realizam assembleias em todo o país para votarem a proposta. O prazo para a realização dessas assembleias termina nesta sexta-feira (6).
Segundo os Correios, a rede de atendimento está aberta em todo o Brasil e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam disponíveis. Apenas os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária) estão suspensos.
(Folhapress)
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