A campanha Outubro Rosa é importante para alertar sobre a prevenção do câncer de mama nas mulheres. Mas no mundo pet não é diferente, porque a incidência da doença vem crescendo, com o aumento da expectativa de vida. O Conselho Federal de Medicina Veterinária estima incidência de 45% de câncer de mama em cadelas e de 30% em gatas.
O câncer de mama é um dos tumores mais diagnosticados nas cadelas e gatas, principalmente idosas. Segundo especialistas, a principal prevenção é a castração antes do primeiro cio, já que esse tipo de tumor tem alta dependência dos hormônios produzidos pelo útero e ovários. Dessa forma, se o pet for castrado antes do primeiro cio, as chances de desenvolver tumores é de quase 0,5%.
Os principais sintomas no pet são caroço na região das mamas, inchaço, dor, secreção, odor desagradável, feridas, falta de apetite, vômito e apatia.
O ideal é que os tutores avaliem as mamas do seu animal periodicamente. Uma dica é aproveitar a hora do carinho na barriga – as cadelas têm cinco pares e as gatas quatro pares – apalpando-as uma por uma e entre elas. Se o tutor notar nódulos, diferença de tamanho entre as mamas, aumento de volume ou algum tipo de secreção, deve levar o pet ao médico veterinário para a confirmação do diagnóstico.
Para confirmação do tumor, o exame laboratorial mais comum é a citologia aspirativa. A citologia é feita através de uma punção do nódulo com uma agulha bem pequena, não sendo necessário sedar o animal. Se confirmado o câncer de mama, o próximo passo é avaliar os pulmões.
Uma vez diagnosticado, e não havendo metástase pulmonar, o tratamento é cirúrgico. É realizada uma mastectomia na mama atingida. Se o diagnóstico for precoce, as chances de cura com a cirurgia são maiores, muitas vezes não necessitando de tratamento quimioterápico.