A Invepar informou que os seus acionistas Previ, Petros e Funcef receberam e estão analisando uma proposta vinculante do fundo Mubadala para a compra de até 50,1% do capital social e votante da companhia. Com uma carteira de empresas nos segmentos de rodovias, mobilidade urbana e aeroportos, a Invepar possui concessões com um prazo médio de 22 anos, o maior do mercado.
Mesmo diante da queda de demanda de tráfego e de passageiros decorrente da crise econômica, a Invepar vem melhorando o resultado trimestre a trimestre através de melhorias de gestão e da captura de sinergias entre suas operações de concessão de transporte e mobilidade. Dentre as ações que melhoraram a percepção da atratividade da Invepar estão a bem sucedida venda de ativos no exterior, a solicitação da devolução da rodovia BR040, a reestruturação administrativa que diminuiu em 32% os cargos de diretoria e economias obtidas com a sinergia nas áreas de suporte e de aquisição de produtos e serviços das concessões, que já proporcionaram uma redução de custos de R$ 46 milhões nos últimos doze meses.
Os resultados financeiros da Invepar têm melhorado progressivamente trimestre a trimestre desde a implantação de uma nova configuração administrativa que privilegia a operação das concessionárias numa visão de portfólio com captura dos ganhos de escala. No terceiro trimestre de 2017, a Invepar apresentou um EBITDA ajustado de R$ 541,8 milhões, um aumento de 38,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o EBITDA ajustado foi de R$ 391,7 milhões. Nos últimos oito trimestres, o EBITDA ajustado tem crescido a uma média de 4,7% trimestre a trimestre.
No quarto trimestre de 2016, a Invepar obteve lucro de R$ 1,277 bilhão devido à venda de uma rodovia no Peru por cerca de R$ 4,5 bilhões. Nos demais trimestres de 2016 e 2017, a Invepar apresenta prejuízos cada vez menores. Nos últimos dois anos, o prejuízo tem caído em média de 20% trimestre a trimestre. Comparando o prejuízo acumulado de 2017 com o mesmo período do ano de 2016, houve diminuição no prejuízo de 72,4%, confirmando a tendência de queda. No último trimestre, o prejuízo foi de R$ 37,7 milhões apenas, contra R$ 269,9 milhões no 3º trimestre de 2016.
Foto: Ivanildo Porto