Guarulhos está em situação de alerta para infestação do Aedes aegypti

SÃO PAULO, SP, 24.10.2017: FEBRE-AMARELA - Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, é visto na região da Lapa, zona oeste de São Paulo, nesta terça-feira. O mosquito também é transmissor da Febre Amarela. (Foto: André Lucas Almeida/Folhapress)
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Durante todo o mês de outubro, profissionais da Secretaria de Saúde visitaram 39.825 imóveis da cidade em busca de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Conhecido como índice de Breteau, o estudo apontou que de cada 100 casas inspecionadas, uma apresentou larvas do vetor, situação que coloca Guarulhos em estado de alerta para infestação.

De acordo com o Ministério da Saúde são considerados satisfatórios índices de infestação menores que um recipiente com larvas para cada 100 imóveis visitados, situação de alerta para indicadores acima de um e alto risco para números superiores a 3,9. Dos 39.825 imóveis visitados em Guarulhos, 16.009 estavam fechados, em 1.557 deles houve recusa dos moradores para a entrada dos agentes de saúde e outros 22.259 foram efetivamente trabalhados.

Também chamado de Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) ou avaliação de densidade larvária, o estudo é elaborado pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios. Feita por amostragem, a pesquisa abrangeu toda a cidade e revelou que os grandes vilões para a proliferação do vetor ainda são os vasos e pratinhos de plantas, depósito de água sem a devida proteção, ralos, calhas, bebedouro para o consumo de animais, garrafas retornáveis, latas e frascos.
Para a secretária adjunta de Saúde, Graciane Dias Figueiredo Mechenas, o resultado do levantamento mostra que as pessoas devem redobrar os cuidados em casa, para eliminar todos os recipientes que possam acumular água limpa e parada, especialmente, aquelas que trabalham fora e não podem receber a visita dos agentes de saúde. “A população precisa fazer a sua parte, porque as larvas estão dentro das residências e o poder público, sozinho, não consegue combater todos os focos”.

As regiões com índices mais elevados de infestação foram Vila Augusta (com 3,1 casas com larvas para cada 100 vistoriadas), Jardim Vila Galvão (2,8), Gopoúva (2) e Vila Barros (2). Nesses bairros, com exceção do último, também foram encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti em ambientes naturais, como oco de árvores, bromélias e outros. Diante do resultado, a Secretaria de Saúde intensificará as ações nos locais com maior quantidade de focos encontrados.

Foto: André Lucas Almeida/Folhapress

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