Após a confirmação da morte de um macaco por febre amarela, a Prefeitura de São Paulo decidiu fechar o Parque do Carmo, em Itaquera (zona leste), e incluir o distrito de Aricanduva na área de vacinação. O óbito de animais é um alerta da circulação do vírus em determinada região e já levou ao fechamento de outras áreas, como o Zoológico e o Horto Florestal – após dois meses, o Horto foi reaberto.
A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente também recomenda que não se utilize as dependências do Parque Linear Rio Verde. A vacinação no distrito Aricanduva estava prevista para as próximas fases da campanha de imunização, mas foi antecipada após a ocorrência no parque do Carmo.
Distritos localizados no entorno do parque já estavam oferecendo a imunização desde 25 de janeiro. São eles os de José Bonifácio, Cidade Líder, Iguatemi e São Mateus. De acordo com o boletim mais recente da Secretaria Estadual da Saúde, São Paulo já registrou cinco casos de febre amarela contraídos no município, com três mortes.
Todos os pacientes foram infectados em áreas de mata na zona norte. O Brasil não tem transmissão urbana do vírus desde 1942.
Em todo o Estado de São Paulo, o número de casos confirmados de febre amarela subiu 8% da semana passada para a anterior, chegando a 202 registros, com 76 mortes. Mais da metade dos pacientes (54%) contraiu a doença em Mairiporã, na região metropolitana.
Apesar do avanço dos registros, a adesão da população à campanha de vacinação é considerada baixa. De acordo com o Ministério da Saúde, só 25,2% do público-alvo previsto no Sudeste tomou a imunização.
Na capital paulista, a imunização está sendo feita em etapas, com distribuição de senhas. As unidades que oferecem a vacina podem ser consultadas na página da Secretaria da Saúde.
Foto: Rubens Cavallari/FOlhapress