Alvo de investigação da Câmara Municipal no começo da gestão do prefeito Guti (PSB), o aterro sanitário da cidade, que atualmente é administrado pela Proactiva Meio Ambiente Brasil, subsidiária do grupo francês Veolia, é tratado como o principal desafio pela Secretaria de Serviços Públicos no próximo ano. O orçamento da secretaria é de aproximadamente R$ 170 milhões.
Antes do grupo francês, o aterro teve como gestores a Enob Engenharia Ambiental e a Landfill, que teve seu contrato rescindido pela municipalidade por possíveis irregularidades em sua contratação. Desde então, a administração municipal destinou mensalmente a quantia aproximada de R$ 7 milhões. Ou seja, já foram pagos quase 120 milhões.
“É um grande avanço você tratar da coleta seletiva e diminuiu o volume no aterro. Nós temos a fase 7 para duração da vida útil para 1 ano e meio e a fase 8 para outros 1 ano e meio. Se conseguirmos licenciar a fase 10 teremos mais 10 anos de uso. 80% do lixo orgânico é líquido e se torna chorume e traz um grande custo pra nós”, explicou o secretário Edmilson Americano.
Além da gestão do aterro sanitário, Americano, ressaltou durante a audiência pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na Câmara, que dará continuidade ao projeto de transformação do chorume em água de reuso iniciado pela sua antecessora. Esta proposta conta com a participação do Serviço de Autônomo de Água e Esgoto (Saae).
Através do projeto de transformação, a Prefeitura de Guarulhos pode economizar anualmente cerca de R$ 5 milhões. A proposta pioneira no país está em fase final de análise e pode ser implantada ainda neste ano. A gestão Guti não descarta a comercialização do serviço para outros municípios. O projeto é capitaneado pelo biólogo Guilherme Moraes dos Santos.
Antônio Boaventura
Foto: Ivanildo Porto