Deputado federal e presidente do PSL no estado de São Paulo, Major Olímpio revelou nesta sexta-feira (22), em entrevista ao HOJE, que a meta daquela agremiação partidária é fortalecer a campanha do também deputado federal Jair Bolsonaro à presidência da República. Na ocasião, o parlamentar criticou as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação às solturas de presos da operação Lava Jato e o veto ao uso da cédula de papel nas eleições.
Entretanto, Major Olímpio ressalta que a chegada de Bolsonaro a aquela sigla partidária promoveu o crescimento do número de filiados, mas que houve uma divisão entre grupos da sociedade, que o apoiam, dentro do próprio partido. Além do fortalecimento da campanha do pré-candidato a presidência da República, ele aponta a união entre os principais desafios dele no PSL.
“Com a vinda do Jair Bolsonaro muitos se filiaram e se colocaram a disposição para compor as executivas municipais do partido. Nós tínhamos ativistas de diversos setores da sociedade que se mobilizam por Jair Bolsonaro, mas não necessariamente se amam. Já teve cidades em que tive de fazer três eventos por conta da divergência de opiniões entre os grupos”, explicou o deputado federal Major Olímpio.
Entre as principais propostas defendidas por Bolsonaro e Olímpio estão a defesa intransigente da família, da legítima defesa, da escola sem partido, além da exclusão da ideologia de gênero nas escolas, combate ao crime e ao criminoso e a corrupção. Ele também ressaltou a importância em estabelecer um pacto com a sociedade para que possam ser colocadas em prática as reformas necessárias como a política, previdenciária, incluindo o pacto federativo.
“Com a desistência do [José Luiz] Datena para concorrer ao Senado, quem vai migrar esses votos dele da polícia vai ser pra mim. E antes estávamos conversando com a Renata [Abreu], do Podemos, que queria utilizar comigo o número 190, que é o de emergência da polícia”, disse Major Olímpio.
Através de seu tradicional bordão, o deputado federal criticou ações do Supremo Tribunal Federal, o atual modelo de gestão pública, a impunidade relacionada a políticos que cometeram algum tipo de crime e a permanência de Michel Temer (MDB) na presidência da República.
“Uma vergonha é o que nós estamos assistindo hoje. É uma vergonha o Supremo Tribunal Federal colocar num mês só um ministro colocar 23 presos da lava jato soltos. É uma vergonha o STF dizer não ao voto impresso. É uma vergonha Michel Temer (MDB) continuar como presidente da República mesmo diante de toda materialidade de sua participação em crimes nos últimos 30 anos”, concluiu.
Antônio Boaventura
Foto: Ivanildo Porto