A recessão econômica pode ser um dos motivos do aumento do trabalho informal, que pode ser presenciado, em especial, nos mais variados meios de transporte público em função do grande fluxo diário de pessoas. Apesar da constatação do comércio ambulante nas linhas, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) descartou confirmar esta prática na novata Linha 13-Jade.
Procurada pelo HOJE, a CPTM revelou que não possui dados de forma descentralizada sobre a formalização de possíveis queixas quanto ao comércio ambulante dentro dos trens. Ainda, de acordo com a companhia, as informações sobre esta ação é generalizada entre todos os pontos administrados por ela.
Entre os anos de 2014 e 2017 foram contabilizadas 33.412 queixas sobre a prática do comércio ambulante. Ou seja, média aproximada de 8.400 por ano. A CPTM conta em seu quadro com pouco mais 1.000 agentes de segurança.
A Linha 13-Jade começou a operar comercialmente em junho e desde então já transportou 349 mil usuários. A média em dias úteis é de 7,1 mil usuários. A companhia afirma também que emite mensagens sonoras nos trens e estações e realiza campanhas nas redes sociais para que os usuários não adquiram produtos comercializados irregularmente.
Ela ressalta que o comércio ambulante não ? permitido nos trens e estações. A pessoa flagrada vendendo produtos irregulares tem a mercadoria apreendida e perde o direito de viagem. A prática é combatida, principalmente, pelo fato dos produtos comercializados não terem origem de procedência.
Para coibir o comércio irregular, diariamente, as equipes de segurança da CPTM atuam uniformizadas ou descaracterizadas (sem uniforme), promovendo rondas nos trens e estações. A solução para essa questão também passa pela conscientização dos usuários no sentido de que não comprem produtos no interior dos trens, uma vez que correm riscos ao adquirir mercadorias de origem duvidosa e que, em muitos casos, podem estar com prazo de validade vencido ou adulterado.
Antônio Boaventura
Foto: Ivanildo Porto