O Departamento de Conservação de Biodiversidade da Secretaria de Meio Ambiente apresentou o Decreto Municipal 35096/2018, que dispõe sobre a atualização da “Lista de Fauna Silvestre do Município de Guarulhos”, confirmando 774 espécies com ocorrência na cidade e indica as 33 espécies ameaçadas de extinção. O documento foi divulgado na última quarta-feira, dia (1°), no Zoológico Municipal, com a participação do prefeito Guti, do secretário do Meio Ambiente, Abdo Mazloum, entre outros convidados. O novo decreto elucida sobre a diversidade biológica e as espécies endêmicas e ameaçadas de extinção que vivem no município.
Com base nos estudos realizados, foi possível elencar as áreas com maior biodiversidade na cidade, que se concentram nas regiões norte e nordeste do município, onde também se concentram a maior parte dos fragmentos de Mata Atlântica e mais bem preservados. Algumas dessas áreas ricas em biodiversidade encontram-se no interior de unidades de conservação, como Floresta Estadual de Guarulhos, Parques Estaduais Itaberaba e Serra da Cantareira – Núcleo Cabuçu, Reserva Biológica Burle Marx e as Áreas de Proteção Ambiental e Reserva, mas ocorrem também numa parcela significativa distribuída em áreas particulares, estas últimas necessitando de maior proteção.
Para o prefeito Guti, toda medida que venha criar melhores condições para o meio ambiente é fundamental para a qualidade de vida do cidadão. “O objetivo do decreto é auxiliar na proteção dos habitats e para embasar a criação de novas Unidades de Conservação, incluindo Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Dessa forma, garantimos a proteção das florestas, principalmente no que tange a aplicação de maiores restrições para áreas legalmente desprotegidas onde há espécies da fauna ameaçadas, explicou”.
Políticas públicas que visem frear o avanço da urbanização e grandes obras como rodovias e ferrovias sobre as áreas naturais do município serão fundamentais para garantir a integridade das comunidades bióticas dessas áreas ecologicamente sensíveis, avalia o biólogo Marcos Melo. “A proteção dessas áreas é essencial para garantir a produção de água, manutenção da qualidade do ar e conforto térmico, além de diversos outros serviços ecossistêmicos providos pela biodiversidade, os quais são vitais para a população humana”, salienta.
O estudo indica também as causas mais frequentes que afetam a fauna em ambiente urbano, como atropelamentos, linhas de pipas e predadores domésticos. A diminuição desses impactos é necessária para se minimizar a mortalidade dos animais silvestres da cidade.
O decreto está disponível para download no portal da prefeitura: http://www.guarulhos.sp.gov.br/uploads/pdf/373372596.pdf
Foto: Fábio Nunes Teixeira/PMG