Reportagem: Ulisses Carvalho
Os ônibus municipais e intermunicipais de Guarulhos devem aderir à greve geral marcada para esta sexta-feira (14), e paralisar as atividades, em protesto contra a reforma da previdência, de acordo com o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários no Transporte de Passageiros, Urbano, Suburbano, Metropolitano, Intermunicipal e Cargas Próprias de Guarulhos e Arujá em São Paulo (Sincoverg), Wagner Menezes, 50.
“Nós iremos realizar a paralisação dos ônibus. Nosso sindicato está atendendo uma demanda das centrais sindicais, e todas as empresas de ônibus da cidade já foram avisadas”, revelou Menezes, em entrevista telefônica ao HOJE, informando que também devem parar motoristas que realizam entregas para mercados, lojas de material de construção e também os condutores da coleta de lixo em Guarulhos.
Em nota, a Secretaria de Serviços Públicos da cidade informou que até o momento não chegou nada sobre esse assunto da paralisação dos condutores ao conhecimento do órgão. Já a Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (STMU), destacou que para evitar maiores prejuízos à população, será realizado em caso de paralisação, um Plano de Atendimento entre as Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese).
De acordo com a STMU, Guarulhos conta com 66 linhas municipais que atendem, diariamente, 367 mil passageiros. “A sexta-feira vai ser o dia que a Terra parou, como diria o cantor Raul Seixas”, destacou Menezes, alegando que essa adesão a paralisação realizada pelo Sincoverg deve mobilizar 12 mil trabalhadores entre Guarulhos e Arujá.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e do Sindicato dos Professores e Professoras de Guarulhos na rede privada (Sinpro), Ezio Expedito Ferreira Lima, 50, o objetivo é ampliar o número de paralisação também dos professores da rede pública e privada. “É uma greve geral, nacional e será forte em todas as categorias. A ideia também é ter um ato em Guarulhos”, afirmou.
Funcionários da Linha-13 Jade também devem paralisar as atividades
O diretor e secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores e Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, Múcio Alexandre Praparense, 64, confirmou por meio de contato telefônico a adesão à greve geral dos funcionários das linhas 11,12 e 13 da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM).
“A paralisação será de 24h e tem inicio às 0h de sexta-feira, entre trabalhadores das estações, seguranças e administração. Teremos outra assembleia na quinta-feira (13), para planejar a não entrada dos funcionários durante o período da manhã”, destacou Praparense, informando que deve afetar mais de 1 milhão de pessoas.
Em nota, a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), alegou que diante da proposta de greve dos sindicatos nesta sexta-feira, a STM por meio de suas empresas, está tomando as medidas judiciais necessárias para garantir o transporte dos passageiros. “Esta pasta considera o objetivo da paralisação ideológico e conta com o bom senso das categorias para que não prejudiquem mais de 7 milhões de trabalhadores que dependem diariamente do Metrô e da CPTM. Serão prejudicados trabalhadores, estudantes e todas os cidadãos que têm o transporte público como único meio de locomoção”, alegou.
A STM ainda reforçou que a greve estaria prejudicando a mobilidade de quem vive em São Paulo e precisa se locomover para trabalhar. “O Metrô e CPTM conseguiram liminar para manter 80% do quadro de servidores nos horários de pico e 60% no restante”.
Foto: Ivanildo Porto