A OMS acaba de declarar pandemia de coronavírus

A medical staff member takes the temperature of a man at the Wuhan Red Cross Hospital in China on Jan. 25. HECTOR RETAMAL/AFP via Getty Images
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou hoje (11) como pandemia a Covid-19, doença que é causada pelo novo coronavírus. Segundo a OMS, o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos deve aumentar nos próximos dias e semanas. Apesar disso, os diretores ressaltaram que a declaração não muda as orientações e que os governos devem manter o foco na contenção da circulação do vírus.

O diretor-geral da OMS disse que declaração não muda o que a Organização e os países devem fazer para ‘detectar, proteger, tratar e reduzir a transmissão’ do novo coronavírus, causador da doença Covid-19. Ministro da Saúde brasileiro também afirmou que nada muda para o país.

Na prática, o termo pandemia se refere ao momento em que uma doença já está espalhada por diversos continentes com transmissão sustentada entre as pessoas. Nesta quarta foi possível observar que o ritmo de disseminação do vírus cresceu e que metade dos países atingidos registraram os primeiros casos de Covid-19 nos últimos dez dias.

Nos últimos quinze dias, segundo a OMS, o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e o número de países afetados triplicou. São mais de 118 mil casos ao redor do mundo e 4.291 mortes.

Nesta tarde, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a declaração de pandemia já era esperada e que ela, na prática, não muda nada para o Brasil. Ele retomou uma crítica que já tinha feito antes à OMS, afirmando que o órgão demorou para usar essa definição.

A emergência sanitária no Brasil foi decretada no dia 4 de fevereiro – antes da confirmação do primeiro caso no país, no dia 26. “Nós já temos casos confirmados dentro do país,temos transmissão local, não temos ainda transmissão sustentada – que pode ser a próxima etapa. E a cada etapa temos medidas adicionais que vão sendo decretadas”, acrescentou o ministro da Saúde.

Antes da declaração da pandemia, a definição de casos suspeitos usada no Brasil excluía viajantes que retornavam da África e Américas do Sul. Agora, segundo Mandetta, serão investigados como possíveis casos suspeitos pessoas que voltarem de qualquer viagem ao exterior e apresentarem febre e mais um sintoma (dificuldade respiratória, dor no corpo e/ou tosse).

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