A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou um documento com propostas para a retomada das atividades econômicas após o fim da quarentena para o combate ao coronavírus. Ele será entregue aos governos federal, estaduais e municipais nos próximos dias. O calendário da entidade prevê retorno gradual por segmentos numa escala que se completaria em 45 dias.
Não há data prevista para o início da escala, mas, no caso de São Paulo, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que defende a quarentena determinada pelo governo de São Paulo até o dia 22, “sem que haja prorrogação”.
No documento com cerca de 70 páginas, a entidade afirma que o processo de retomada deve seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê, entre outros itens, que a transmissão do coronavírus deve estar controlada e o sistema nacional de saúde deve ter capacidade de detectar, testar, isolar e tratar cada caso, além de acompanhar a rede de contágios.
Segundo a entidade, o processo de reabertura gradual segue o grau de essencialidade das atividades. Os estabelecimentos devem funcionar com horários alternados para diminuir a concentração do fluxo no transporte coletivo. Eventos com grande número de pessoas continuariam suspensos.
Pelo calendário proposto, creches e escolas, comércio varejista, restaurantes e transporte com frota de horário de pico seriam os primeiros a serem liberados na data de retomada. Quinze dias depois, seriam os shoppings centers e demais serviços. Um mês depois, sempre seguindo a data inicial, seriam os parques com controle de entrada e, por último, 45 dias depois, cinemas, academias, teatros, museus e universidades.
Como as indústrias não estavam proibidas de funcionar, o documento sugere apenas seguir uma jornada das 6h às 15h. O comércio varejista abriria das 12h às 21h e serviços de escritórios na faixa das 10h às 19h.