Um plano gradual de reabertura da economia de São Paulo deve ser anunciado nesta quarta-feira (22) pelo governo do Estado, com implementação a partir de 11 de maio. Até lá, esclarece o governador João Doria (PSDB), não muda nada em relação ao que pode ou não funcionar no Estado.
Quando a quarentena foi prorrogada, na semana passada, o comitê de gestão da crise da covid-19 passou a se debruçar sobre um plano para estabelecer quais setores e quais regiões do Estado de São Paulo poderão voltar a funcionar gradativamente. Isso vai depender da utilização de leitos hospitalares, sobretudo de UTI, sua comparação com a demanda da região e o grau de urgência e segurança para reabrir cada setor.
“Tudo será feito gradualmente e sempre respeitando a ciência”, ponderou Doria, diante de certa comoção causada por manchetes que dão conta da reabertura gradual da economia paulista. Aliados do governador admitem que, caso o número de casos cresça muito nas próximas semanas, mesmo essa abertura gradual pode ser postergada.
O material, proposto pela equipe econômica do governo, ainda está sendo avaliado pela área médica, que já indicou que fará alterações. Agora a ideia é transmitir ao Estado como será o relaxamento da quarentena, que será divulgado mesmo com o receio de parte do governo de que a simples notícia de reabertura possa incentivar as pessoas a saírem de casa. Assim, será dito que a entrada em vigor das medidas vai depender também do comportamento da população.
Os setores econômicos que puderem voltar, em algumas regiões, teriam de concordar com regras de segurança sanitária cuja eficiência ainda está sendo verificada pelos integrantes do Centro de Contingência do Coronavírus, comitê que reúne 15 autoridades da área de saúde. A proposta pretende acalmar os ânimos de prefeitos, deputados e empresários que vêm pressionando o governo para uma retomada das atividades econômicas.