O antipetismo supera o petismo como força política
na cidade de São Paulo. Nada menos que 36% dos moradores não votariam de jeito
nenhum no partido – mas, paradoxalmente, a legenda também é a que tem mais
simpatizantes na capital (23%), segundo a pesquisa Ibope/Estadão/TV
Globo.
Isso significa que o candidato a prefeito do PT,
Jilmar Tatto, tem potencial de crescimento, mas também tem um teto que limita
esse avanço. Ele teve apenas 1% na pesquisa Ibope.
Os antipetistas se concentram mais nas áreas não
periféricas da cidade, onde a renda e os níveis de escolaridade são maiores.
Quase metade (44%) dos eleitores que se definem como brancos não votariam de
jeito nenhum no partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já entre os
negros, essa taxa cai para 29%. Na divisão do eleitorado por religião, os
evangélicos são marcadamente mais antipetistas que os católicos. No primeiro
grupo, 45% rejeitam a hipótese de votar no PT. No segundo, são 34%.
Em nenhum segmento do eleitorado o sentimento
anti-PT é tão forte como no bolsonarismo. No universo dos paulistanos que
avaliam de forma positiva o governo do presidente Jair Bolsonaro, seis em cada
10 eleitores afirmam que não votariam no partido em nenhuma hipótese.
Na eleição presidencial de 2018, o então
candidato Bolsonaro atropelou o PSDB – que por mais de 25 anos havia polarizado
a política nacional com o PT – e conquistou uma quase hegemonia no eleitorado
antipetista. Às vésperas do primeiro turno, ele tinha 61% dos votos nesse
segmento.
Em SP, 1/3 dos eleitores se declara antipetista
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