Esporte avançou, mas o caminho ainda é longo em Guarulhos

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Embora nunca tenha comemorado o acesso de um clube de futebol – esporte com maior número de fãs no país – à primeira divisão, tanto estadual quando nacional, onde sequer jogou qualquer série, Guarulhos já foi considerada a “capital do esporte amador”, título criado nos anos 90 por causa do investimento do município em outras modalidades e os grandes atletas que surgiram na época.

Entretanto, as últimas décadas não foram tão felizes e, embora a situação tenha melhorado recentemente, o esporte ainda precisa de um olhar mais carinhoso da cidade para, de fato, se equiparar aos velhos tempos de alegrias e conquistas.

Entre as conquistas estão a reabertura de três – dos quatro – ginásios municipais da cidade. A exceção é o Thomeozão, que deve reabrir para as competições já no início do ano. O Fioravante – que na gestão anterior chegou a ser cedido a um clube de motociclistas – atualmente recebe treinamentos e competições de futsal e handebol.

Outro ponto positivo foi o retorno de Guarulhos aos jogos Regionais e Abertos. Entre 2014 e 2016 as participações foram canceladas. A Olimpíada Colegial Guarulhense (OCG), que também chegou a ser ameaçada, bateu a marca de 11.626 alunos das redes pública e particular de ensino nas competições de 2019. Em 2020, por conta da pandemia, não houve o evento.

Nos esportes amadores, embora não demonstre o mesmo destaque de outrora, Guarulhos não tem passado vergonha. Há boas agremiações representando a cidade no futsal, basquete e voleibol – este último, inclusive, teve a recente presença do craque Serginho na parceria com o Corinthians. O vínculo com o clube paulista também aconteceu no handebol que, não possui aquela seleção de craques que treinavam na Ponte Grande, mas realiza um trabalho digno e com conquistas. Além dessas modalidades, outros tantos atletas independentes em esportes diversos fazem questão de competir representando o nome de Guarulhos, muitas vezes em completo anonimato.

Flamengo e Guarulhos, times de futebol, estão na quarta divisão estadual e, neste ano, mais uma vez fracassaram nas tentativas de acesso. O público presente nos jogos dos dois times muitas vezes não chega sequer perto de uma partida no futebol de várzea. Há aí algum problema: por que a cidade não abraça as equipes da maneira que deveria? Nem tudo deve ser respondido tão e somente pela Prefeitura.

No Plano de Governo do prefeito reeleito Guti há alguns itens relacionados à área. Entre as promessas, por exemplo, na execução do Plano de Macrodrenagem da Bacia do Rio Baquirivu, haverá a implantação de parque linear e equipamentos esportivos ao longo do local. O gestor afirmou no documento que vai revitalizar mais praças e áreas de lazer do município. Guti também pretende ampliar as academias ao ar livre dos Programas 60+ e aumentar os projetos esportivos para PCD (Pessoas com Deficiência). Em relação ao esporte, entretanto, a maior promessa de Guti é incentivar o esporte amador e as categorias de base, aumentando a interação e inserção social das crianças. É preciso levar o esporte aos jovens, sobretudo da periferia, que precisa de novos equipamentos.

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