A compra de máscaras descartáveis pela Prefeitura de Guarulhos, em março do ano passado, no início da pandemia de covid-19, levou a Polícia Federal a deflagrar a operação Veneza, nesta quinta-feira. Os agentes fizeram buscas na cidade e também na capital paulista e no município de Ferraz de Vasconcelos (SP). Os quatro mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal em Guarulhos e têm como alvo a empresa que forneceu os equipamentos para a Prefeitura.
Em nota, a Prefeitura informou acompanha a operação deflagrada pela Polícia Federal como parte interessada no processo. Caso se confirmem as denúncias que estão sendo apuradas, a Prefeitura deverá ser ressarcida pela empresa.
O processo de compra seguiu todos os trâmites legais, com as devidas pesquisas de preços, sendo escolhida a empresa que oferecia naquela data o menor valor praticado no mercado. Vale ressaltar que a Secretaria Municipal da Saúde pesquisou o preço de mais de 70 fornecedores.
A compra foi feita devido à urgência de fornecer o equipamento de proteção aos profissionais do setor de saúde. Diante da grande procura por máscaras pelos mais diferentes municípios e pelo setor privado, os preços apresentados estavam acima dos praticados fora da pandemia. Porém, a secretaria não tinha tempo para esperar por uma possível ou não queda dos valores praticados, sob o risco de deixar os profissionais sem as máscaras.
Uma sindicância interna foi aberta pela Prefeitura tão logo surgiram as primeiras denúncias. Ela concluiu, em setembro de 2020, não ter havido má-fé de qualquer agente público. Ressalta-se ainda que as máscaras foram entregues na data prevista e utilizadas no combate ao coronavírus.