Centro Logístico Guarulhos muda de local e causa reclamações em usuários

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Os usuários do Centro Logístico Guarulhos (CLG), localizado no Jardim presidente Dutra, reclamam da distância que devem percorrer para retirar medicamentos na unidade.
Segundo o autônomo José Donizeti, de 60 anos, morador do Taboão, a distância que ele tem que percorrer para buscar medicamentos é mais de um quilômetro, além de não ter ônibus para o local. “É um lugar de difícil acesso. No meu bairro não tem transporte público para ir lá. A prefeitura não pensou nos usuários quando mudou para esse lugar. Isso é um absurdo”, disse Donizeti.

Donizetti afirmou também que faltam medicamentos no Centro de Distribuição. São eles: o Atenalol (para pressão alta), sertralina (depressão e ansiedade) e o melatonina (para insônia). Outro problema relatado por ele é que o departamento só distribui os remédios de alto custo por meio de ação judicial deve recorrer à justiça. “E quem não tem dinheiro para pagar um advogado, como é que faz?”, observou.
Outra usuária da unidade, a dona de casa Silvia Martins, de 48 anos, também contou a dificuldade para conseguir chegar ao local. “Moro no Alvorada e tenho que pegar três ônibus para chegar até aqui. Tenho filhos pequenos e isso é um transtorno, pois a viagem demora quase o dia todo”, observou Silvia.
Em nota, a Secretaria da Saúde do município explicou que o Centro de Distribuição está instalado próximo à rodovia Presidente Dutra, sendo que o município conta com o sistema de bilhete único.

A Saúde esclareceu que no local funciona o Almoxarifado Central de Medicamentos, que abastece todas as unidades da rede municipal de Saúde com insumos e remédios distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Guarulhos, e que a mudança teve por objetivo melhorar o acondicionamento de medicamentos e materiais.
Sobre a falta de medicamentos, a pasta ressaltou que com exceção da melatonina (que não é padronizado para dispensação pelo SUS), os demais medicamentos citados, ou seja, atenolol (para pressão alta) e sertralina (depressão e ansiedade) são distribuídos nas unidades da rede municipal de saúde.

Reportagem: Leticia Lopes

Foto: Ivanildo Porto

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