A partir desta quarta-feira (15) o intervalo entre a
aplicação da vacina da AstraZeneca será reduzida em todo o país. A informação
foi dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na segunda-feira (13). Agora
o intervalo entre doses do imunizante será diminuído de 12 para 8 semanas.
A redução do intervalo da Pfizer a partir de setembro já havia sido anunciado
por Queiroga no mês passado. Já a Coronavac tem intervalo menor, de
28 dias, e a da Janssen é de dose única.
Apesar das mudanças nos intervalos, os critérios adotados ainda diferem das
recomendações das fabricantes. A Pfizer recomenda intervalo de 21 dias entre as
doses e a AstraZeneca, de 12 semanas, como acontece hoje.
No caso da Pfizer o intervalo de aplicação entre a primeira e a segunda doses poderá cair dos atuais 90 dias para 21 dias. A redução do prazo tem como objetivo frear os casos da variante Delta do novo coronavírus, mais contagiosa que as variantes anteriores.
A possibilidade de antecipação do prazo da vacina da Pfizer tinha sido anunciada pelo Ministério da Saúde no fim de julho. A decisão havia sido tomada pelo governo federal junto com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Na ocasião, a pasta só não tinha informado a data a partir da qual a redução do intervalo começaria porque esperava o avanço das campanhas de vacinação nos estados. Um estudo publicado pela revista New England Journal of Medicine mostrou que a eficácia da primeira dose das vacinas Pfizer e AstraZeneca cai de 50% para 35% contra a variante Delta. Com a segunda dose, a eficácia volta aos níveis verificados antes do surgimento da variante.
Aplicada no Brasil desde maio, a vacina da Pfizer teve o intervalo ampliado para 90 dias por causa da baixa oferta inicial do imunizante. Nos últimos meses, o fornecimento regularizou-se, tornando possível o encolhimento do intervalo para o prazo determinado pelo fabricante.