“As novas placas Mercosul têm seus prós e contras. O principal contra é o valor dela, a preocupação em gastar mais dinheiro”, afirmou Tarciso Meireles de Jesus, administrador da empresa Optcar Vistoria Veicular que foi entrevistado pelo jornalista Maurício Siqueira no HOJE TV desta quarta-feira (27).
“Em 2010 nós tivemos a resolução entre quatro países do bloco Mercosul – Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil – em uma reunião onde resolveram unificar as placas nesse bloco. Já em 2014, em uma nova reunião incluindo a Venezuela, foi apresentado o novo modelo da placa Mercosul com a intenção de em até 10 anos fazer essa unificação”, explicou o administrador.
A placa Mercosul foi criada para dificultar fraudes e tinha a promessa de não elevar os custos ao cidadão. No mês passado, ela completou três anos de existência no Brasil – o novo formato estreou em 2018, de forma experimental no Rio de Janeiro.
Segundo Jesus, outro motivo pelo qual o governo adotou o modelo foi por conta das fronteiras entres esses países. “Isso permitiu a existência de um banco de dados unificados, para haver um controle das fronteiras”, completou ele.
Quem tem um veículo com a placa cinza não precisa trocá-la pela placa Mercosul, a placa cinza tem validade durante toda a vida útil do veículo. Entretanto, o dono do veículo pode optar por substituí-la pela placa Mercosul, quando fora das situações acima.
O novo padrão perdeu a identificação do município de registro do veículo, sob o pretexto de ficar mais acessível e tem acumulado casos de clonagens e preços abusivos no país.
“Com o novo modelo Mercosul, não é mais possível saber de onde você é. E por isso, as pessoas acham uma vantagem. Não sabem de onde você está vindo ou indo com o seu veículo”, concluiu Jesus.
Desde 2020, a placa Mercosul é obrigatória para todos os veículos novos no Brasil. No caso de veículos usados, a placa Mercosul precisa substituir a placa cinza nas transferências de propriedade. Dessa forma, a placa Mercosul também é necessária quando houver mudança de estado ou de município.
Além disso, mudança de categoria, furto/roubo ou perda/dano também são práticas que obrigam a emissão de uma nova placa. Por outro lado, veículos de estados que adotaram a placa Mercosul na fase de testes, com modelos com brasões e bandeiras, não precisam trocar de placa novamente.
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