Guarulhos está acima das médias nacional e estadual na vacinação contra a poliomielite

Foto: Sidnei Barros/PMG
- PUBLICIDADE -
C&C

Guarulhos ultrapassou as médias do Brasil e do Estado de São Paulo durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite em 2021. No ano passado, foram vacinadas 79% das crianças de até um ano que tomaram as três doses.

De acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado, a média nacional ficou em 66,5% do público-alvo atingido no país. Já a Secretaria de Estado da Saúde informou que São Paulo vacinou 70,5% das crianças dentro da faixa etária no mesmo período.

A vacina que previne contra a poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, vem caindo desde 2018. Com a baixa cobertura vacinal, o Brasil tem um alto risco de reintrodução da doença que teve o último caso registrado no país em 1989, recebendo o certificado de erradicação desde 1994. Isso porque, a poliomielite ressurgiu em Israel e também teve uma nova cepa registrada no Malaui, sudeste da África.

A primeira dose da vacina é aplicada a partir dos dois meses de vida, com mais duas doses aos quatro e aos seis meses, além do primeiro reforço entre 15 e 18 meses e do segundo reforço entre quatro e cinco anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Segundo a diretora da SBIm, Mônica Levi, a pandemia e as restrições impostas pelos controles sanitários contribuíram para essa queda. Mas, ela chama atenção para o fato de os pais acharem que as doenças estão erradicadas e deixam de levar os filhos aos postos de vacinação.

Mônica também destaca que a maior preocupação são doenças como poliomielite e o sarampo, que podem deixar sequelas ou evoluir ao óbito. “A poliomielite é uma doença muito grave que já deixou milhares de pessoas com sequelas permanentes. A pessoa pode ficar com dificuldades para andar, usar perna mecânica e até mesmo necessitar de pulmão de aço, que é coisa de museu hoje em dia. Essa doença não tem tratamento e a geração de pais jovens não conhece. Essa baixa adesão é tão absurda que podemos ter novamente a volta. O sarampo também é preocupante por ser de alta mortalidade, principalmente nas crianças abaixo de um ano”, explicou ela.

- PUBLICIDADE -